ENTREVISTA COM LIZ MOORE

Batemos um papo com a Liz Moore, autora do livro “Longo e claro rio”, para saber de onde surgiu a ideia para a história e como está indo a adaptação do livro para televisão!

De onde veio a inspiração para esse livro?
Minha inspiração para “Longo e claro rio” surgiu parcialmente do fotojornalismo e do trabalho voluntário que fiz no bairro de Kensington, na Filadélfia, onde se passa o livro, mas também do histórico de vício na minha própria família.

Você sempre planejou ter um drama familiar como um tema do livro ou isso aconteceu ao longo da escrita?
Todos os livros que escrevi tiveram um elemento de drama familiar. Sou muito interessada pela maneira como traumas podem ser passados de geração para geração até que alguém seja forte o suficiente para quebrar o ciclo. Uma das primeiras coisas que eu sabia sobre “Longo e claro rio” era que o livro seria sobre duas irmãs, então eu meio que sempre soube que o livro seria sobre família.

Ao procurar o bairro de Kensington no Google, é possível ver o quão ruim a crise epidêmica de opioides realmente está. Quais foram as suas referências sobre esse assunto?
Eu conheci Kensington em 2009, depois de me mudar para a Filadélfia, quando um amigo fotógrafo me convidou para acompanhá-lo pelo bairro para entrevistar as pessoas que apareceriam nas fotografias. A maioria delas estava lutando contra o vício em opióides. Esse projeto fotojornalístico durou um verão inteiro, mas fiquei muito comovida com as histórias das pessoas que conheci lá. Com o passar dos anos, continuei voltando a Kensington sozinha, para falar com os residentes e saber mais sobre eles. Depois, comecei a fazer trabalho voluntário e criei workshops de escrita de graça no abrigo para mulheres do bairro.

Se você pudesse fazer uma seleção de obras com a vibe do livro, quais músicas, filmes ou séries você escolheria?
Atualmente está sendo desenvolvida uma série baseada no livro, que estou escrevendo junto com um time de roteiristas. Nossas referências são seriados como True Detective e The Wire e filmes como Sobre meninos e lobos. Em termos de música, penso que seria música clássica, por causa do mindset da protagonista e da sua fome por “cultura” — seja qual for a maneira como ela define isso.

O que os leitores brasileiros podem esperar do seu livro?
Um vislumbre de como a crise de opióides está afetando uma grande parcela da população americana (situação que infelizmente ficou pior esse ano por causa da pandemia do Covid-19), uma boa olhada no vínculo familiar entre duas irmãs e um intrigante mistério, eu espero!

 

Traminha
17/08/2021
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