NOSSA LEITURA COLETIVA DE UMA BRUXA NO TEMPO #1

Eu poderia começar essa leitura resumindo do que se trata o livro, mas achei aqui um vídeo que faz isso de maneira mais eficaz do que eu faria — e com a própria autora.

Então, até o capítulo 11, sabemos o seguinte:

A Helen Lambert, protagonista em 2012, mora em Washington D.C. e é editora da revista Em quadro, uma publicação e está passando por um divórcio péssimo de um ex chamado Roger Lambert. O caso é que o boy lixo só queria saber de trabalhar, trabalhar, trabalhar como diretor and curador da coleção Hanover. A coisa degringola mesmo quando ele contrata uma assistente chamada Sara Davidz, com quem ele acaba tendo um caso e por quem ele larga a esposa.

Aí o Mickey (que não é o rato da Disney), amigo da Helen, arruma um blind date pra ela com um carinha chamado Luke Varner, que, a princípio, faz o tipo palmitão. O cara não tem nada de mais e ela não fica impressionada. Vinho vai, vinho vem, ele começa a mandar uns papos nada a ver de que ELA tinha chamado ele ali, e que eles já tinham se encontrado em Paris, em 1895, depois em Los Angeles, em 1935, aí em Taos, em 1970.

Pra coroar a atmosfera creepy, o tal do Luke diz que quer mostrar um troço pra ela em outro lugar. O que você faz nesse caso? Sai correndo do date, certo? E até é o que ela faz. Só que ela fica muito intrigada e resolver ver qual é. Então, eles vão à nova sede da coleção Hanover (sim, a do ex dela, ótima ideia pra um primeiro encontro) e o amiguinho para em frente a um quadro que é de 1800 e lá vai água no poço e pede a ela que olhe com atenção. Então, ele diz “olha direito, garota, que é tu!”.

E ela, essa noite, começa a sonhar com uma outra vida: a de Juliet LaCompte.

A Juliet tem 16 anos e vive no campo com os pais, uma irmã e um irmão. Perto da casa dela fica a de um famoso pintor, Auguste Marchant, que, embora more em Paris, vai para o campo para pintar. Na estada anterior, ele liberou uma graninha boa para que a Juliet servisse de musa pra ele. Mas em um ano muita coisa muda: ela rinha desenvolvido uma carinha de mulher, estava prestes a fazer 17 anos e, no ano seguinte, se casaria com o Michel Busson, filho dos donos das terras em que a família dela morava e plantava.

Então, quando o Marchant chama a Juliet para posar pra ele de novo, a mãe diz que não é apropriado, porque a família do noivo pode se zangar, não pega bem. O Marchand, muito esperto, pede, então, para que a Juliet pose com o irmão mais novo no colo — o que não teria maldade alguma. E como é um dinheiro bom, a mãe acaba deixando. Logo, logo o Marchant acaba iludindo a Juliet com promessas de levá-la pra Paris e, bem, ela e ele desenvolvem uma relação bem inapropriada envolvendo sexo bem inapropriado, já que ela é uma menina e, como se não bastasse isso, ele era casado.

Em determinado momento, a Juliet se vê grávida, largada e judiada pelo noivo, que a estupra coletivamente. A mãe, ao perceber o que tá rolando, faz umas bruxarias muito loucas que levam Juliet a abortar e a mãe, à morte. Só que, antes de partir dessa para (esperamos) uma melhor, a mãe faz a filha e o pai prometerem que eles vão seguir as recomendações de uma carta.

A tal carta chega e a Juliet vai morar em Paris com o misteriosíssimo Lucian Varnier. Rola uma trajetória meio My Fair Lady, em que ela aprende várias línguas, habilidades, a se vestir direito, vira uma dama. Tudo sob os cuidados do Lucian. Mas ela não entende por que ele faz isso tudo por ela, nem por que ele não faz também pelos irmãos dela.

E chegamos ao capítulo 12, que é já pra ooooooooutra semana (mas eu já estou bem na frente por motivos de não me aguentei e li).

COMENTÁRIOS DA ESPECIALISTA

Vamos começar essa leitura coletiva tirando o elefante branco da sala: sim, farei comentários aleatórios e totalmente inúteis, porque é assim que a cabecinha funciona.

Que tipo de comentário inútil? Desse tipo: o nome da protagonista em 2012 é Helen Lambert. Lambert. LAMBERT. Por que isso me parece familiar? Ah!

O Highlander era interpretado pelo Christopher Lambert. Hum. Será que a autora quis homenagear o cara que interpretava o Highlander? Pô, mas aí seria mais fácil ela fazer uma alusão ao personagem (deixa eu ver no Google como era o nome dele: Connor MacLeod). E só pra vocês entenderem por que eu pensei que isso poderia ser algo: o Highlander é um guerreiro imortal (ele só morre se outro Highlander cortar a cabeça dele). Ou seja, é um personagem que vive em diferentes épocas.

Tá, mas falando de inspirações reais e declaradas pela autora: ela era uma grande fã de Buffy, a caça-vampiros (que tinha um cara muito parecido com o Christopher Lambert novinho, vou me apegar a isso). E Anne Rice. E foi profundamente tocada por Cloud Atlas, do David Mitchell (que virou o filme — não a novela — “A viagem”, com o Tom Hanks, a Halle Berry e o gracinha do Jim Sturgess). Nessa história, vemos vários personagens ao longo de muito, muito, muuuuuito tempo, que, apesar de estarem em vidas diferentes, carregam a mesma essência (momento confissão de leitora prosa: me senti muito vencedora na vida por ter pensado nessa história durante a leitura, sem ter pesquisado a autora e ter chegado à referência).

Ela também diz que a ideia de uma mulher presa em um ciclo durante várias vidas é meio como Corra, Lola, Corra, um filme que ela adora. Então, fica aí mais uma referência.

Bem, checagem de fatos e curiosidades:

— Realmente os pintores franceses famosinhos iam para o campo para captar a essência do que eles viam como a vida sem as “tentações” das grandes cidades. Vocês se lembram de que na escola a gente aprendeu isso?

Achou que não ia ter cultura e conhecimento nesse artigo? Achou errado!

— A autora contratou um guia para estudar o Louvre e as pinturas, os cenários, os costumes e as roupas ali do fim dos 1800 e início dos 1900. Ela queria realmente mergulhar na Paris da Belle Époque. E vamos de professorinha Trama de novo!

Se tá lá na Wikipedia, eu não preciso explicar, né? Busquem conhecimento!

Nesse vídeo, dá para ver como era Paris na época em que a Juliet está lá.

Resumindo, o que aprendemos com essa primeira parte da Leitura Coletiva:

— Que Cloud Atlas é um livro enorme e publicado por outra editora, então, assistam ao filme, para pegar a referência, e só gastem dinheiro com os meus livros.
— Que o moço de Buffy é muito parecido com o Christopher Lambert (e, até onde sabemos, eles podem ser a mesma pessoa, que vive e revive por meio de algum ritual desconhecido).
— Que o bing.com/create pode ser usado para ilustrar LCs, mas prefiro as artes de vocês (sim, mandem artes para os próximos artigos).
— Tomei uns spoilers nas entrevistas e não vou sofrer sozinha: ela se inspirou no Rumours, do Fleetwood Mac, para uma das personagens. Droga, quero ler logo.

 

Traminha
15/03/2024
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