TUDO SOME, MENOS O PASSADO DESSES DETETIVES

Um detetive que não consegue deixar seu passado para trás.
Um desaparecimento envolvido em mistério e mentiras.

De qual livro da Trama estamos falando? Dos dois!

Em “Onde está Daisy Mason?”, conhecemos Adam Fawley, um detetive marcado por sua própria tragédia familiar, encarregado de investigar o desaparecimento de Daisy.

E Cara Hunter, a autora, é uma danada. Ela sabe que estamos curiosos para descobrir o que rolou de tão ruim como nosso investigador atormentado. Então, vai deixando umas migalhinhas nas entrelinhas da trama principal – o sumiço da garotinha.

Aliás, as circunstâncias desse desaparecimento são pra lá de estranhas. Afinal, em um evento na casa da própria família, ao qual apenas vizinhos compareceram, a pequena Daisy Mason parece ter evaporado. Apesar de muita gente se lembrar de tê-la visto durante a festa, não há fotos nem vídeos que indiquem o que pode ter acontecido.

Apesar de suas feridas emocionais ainda doloridas, Adam tenta manter o foco no caso. Não é fácil, nem pra ele, nem pra equipe dele, manter a mente aberta a todas as possibilidades e não se deixar levar pelas estatísticas de casos semelhantes que, claramente, apontam para alguém próximo à criança.

Já em “O último sorriso na cidade partida”, conhecemos Fetch Phillips, um detetive particular que bebe para esquecer sua participação em eventos decisivos na história de seu mundo.

Palmas para Luke Arnold, que construiu o personagem de tal maneira que a gente sente a raiva que ele tem de si mesmo. Assim como a coleguinha de selo, esse autor vai, aos poucos, apresentando trechinhos do passado de Fetch, enquanto acompanhamos suas andanças por Sunder City em busca de informações relativas ao paradeiro de um professor desaparecido.

Nessa obra, quem tomou o chá de sumiço foi o vampiro Edmund Rye, um acadêmico que mantinha uma postura resignada em relação ao pouco tempo de vida que lhe restava em um mundo sem magia. Diferente da menininha meiga e cheia de energia do nosso thriller, temos aqui alguém que mal conseguia se manter de pé e nos estertores da morte. Para onde iria alguém em tais condições?

Ambos os títulos envolvem muitos diálogos em que nossos investigadores sem baseiam para reconstituir os fatos, muito bate perna e visita a testemunhas e pessoas de interesse… ao melhor estilo vamos-juntar-umas-pistas-e-tentar-entender-o-que-houve. Então, reservem uns dias para maratonar os dois de uma vez e boa leitura!

Traminha
13/04/2021
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